sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Obras de Tomie Ohtake



Instituto Tomie Ohtake abriga exposição sobre Charlie Chaplin em outubro

Um chapéu, um par de sapatos pretos, um bigode e uma bengala criaram um ícone. A partir da primeira semana de outubro, o Instituto Tomie Ohtake consagra uma exposição a Charles Chaplin exibindo mais de 200 documentos, imagens e vídeos em torno de sua figura.

A mostra, concebida há alguns anos pelo curador francês Sam Stourdzé, rodou a Europa e foi exibida no México e nos Estados Unidos antes de desembarcar por aqui.

Graças à proximidade com a família de Chaplin, Stourdzé foi um dos primeiros pesquisadores convidados a explorar o acervo dos documentos do ator e cineasta.

Passou quase quatro anos imerso nas cerca de 10 mil imagens. E é deste "baú" chapliniano que saíram 80% da exposição --outros 20% vieram de coleções privadas.

No conjunto, estão filmogramas, fotos, desenhos e cartazes de filmes, formando um todo iconográfico que atravessa a vida de Chaplin (1889-1977) e suas facetas de ator, produtor, comediante, dançarino e roteirista.

"A cada nova exibição vão sendo acrescentados novos elementos", disse o curador à Folha, por telefone, de Lausanne (Suíça), onde hoje dirige o Musée de L'Elysée, um dos importantes centros de fotografia da Europa.

"Incluímos principalmente cartazes de filmes impressos em diferentes países do mundo. Acho que ainda há muito a ser encontrado."

Segundo ele, a exposição nasce da tentativa de, via Chaplin, contar a história da "revolução" que representou a passagem do cinema mudo ao cinema falado e relembrar a situação política do período que vai da Primeira Guerra à ascensão do nazismo.

"Chaplin foi um dos raríssimos cineastas a falar de Hitler no calor do momento. As pessoas tendem a esquecer que 'O Grande Ditador' começa a ser rodado em 1938", ressalta.

Para Stourdzé, um dos desafios centrais do trabalho foi o de transformar um registro primordialmente audiovisual em uma exposição coerente, combinando diferentes suportes de exibição.

"Como levar o cinema para o museu? Esse é um campo relativamente recente de investigação para a curadoria. Dez anos atrás, era impossível fixar uma tela na parede como se fosse um quadro. A tecnologia tornou isso viável, mas é preciso criar um diálogo entre o cinema e as imagens fixas que faça sentido e conte uma história."

sexta-feira, 17 de junho de 2011



Auditório Ibirapuera: rampa e escultura

Premiações

1953 Menção Honrosa no II Salão de Arte da Colônia Japonesa, São Paulo/SP
1957 Medalha de Bronze no VI Salão Paulista de Arte Moderna, São Paulo/SP
1958 Aquisição no IV Salão de Arte da Colônia Japonesa São Paulo/SP
1958 Prêmio Gazeta de Pinheiros
1959 Pequena Medalha de Ouro no VII Salão Paulista de Arte Moderna
1959 Primeiro Prêmio no I Salão Feminino da Colônia Japonesa, São Paulo/SP
1959 Menção Honrosa no Prêmio Leirner de Arte Contemporânea
1960 Pequena Medalha de Ouro no VI Salão de Arte da Colônia Japonesa, São Paulo/SP
1960 Isenção de Júri no IX Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro/RJ
1960 Primeiro Prêmio na Mostra Probel, São Paulo/SP
1961 Grande Prêmio no II Salão de Arte Moderna do Paraná, Curitiba/PR
1962 Grande Medalha de Ouro no XI Salão Paulista de Arte Moderna, São Paulo/SP
1962 Aquisição no III Salão de Arte Moderna do Paraná, Curitiba/PR
1965 Prêmio Nacional de Pintura no II Salão de Arte Moderna do Distrito Federal, Brasília/DF
1966 Primeiro Prêmio de Pintura no XXI Salão Nacional de Arte de Belo Horizonte, Belo
Horizonte/MG
1966 Prêmio Aquisição SESI na I Bienal Nacional de Artes Plásticas, Salvador/BA
1967 Prêmio Itamaraty na IX Bienal Internacional de São Paulo/SP
1968 Grande Medalha de Ouro no Salão Seibi, São Paulo/SP
1969 Primeiro Prêmio de Gravura no Salão de Jundiaí /SP
1969 Segundo Prêmio de Gravura no X Salão de Arte Moderna do Paraná, Curitiba/PR
1970 Primeiro Prêmio Arte Contemporânea Brasileira pelo Banco de Boston, Rio de Janeiro/RJ
1974 Melhor Pintor do Ano, Prêmio Associação Paulista de Críticos de Arte, São Paulo/SP
1979 Primeiro Prêmio de Pintura no Panorama de Arte Atual Brasileira, São Paulo/SP
1979 Melhor Pintor do Ano, Prêmio Associação Paulista de Críticos de Arte, São Paulo/SP
1987 Prêmio Mulher do Ano na Arte, Conselho Nacional de Mulheres do Brasil e Academia
Brasileira de Letras, Rio de Janeiro/RJ
1988 Condecoração Ordem do Rio Branco, Ministério das Relações Exteriores, Brasília/DF
1995 Prêmio Nacional de Artes Plásticas, Ministério da Cultura, Brasília/DF


Tela em tons de azul com camadas transparentes de tinta




A escultura Estrela do Mar, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro

A técnica assimilada com naturalidade

A naturalidade com que Tomie se aproximava da técnica, assimilando-a sem esforço nem afetação, fez dela uma artista singular, em breve notada e reverenciada nos Salões de que participou, dentro e fora do país.

Em 1957, seis anos depois de começar a pintar, já realizava sua primeira individual no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Foi presença constante de exposições anuais dentro e fora do país. Em 1986, o Museu de Arte de São Paulo realizou uma retrospectiva de sua obra. Igual feito foi repetido em 1996 pela Bienal de São Paulo.

Contribuiu para isso, entre outros atributos, a naturalidade e simplicidade com que sempre encarou a arte, transferindo para a tela o que lhe ia pela alma, sem concessões a modismos de curta duração e sem se curvar a imposições do mercado.

A permanência indelével entre os mais bem sucedidos artístas, nessa segunda metade do Século 20, já encerrado, demonstra que sua fidelidade aos próprios conceitos, sua honestidade para consigo mesma, renderam-lhe justos dividendos.